Um poema untuoso ao paladar:
No silêncio da manhã, quando o pão ainda exala calor e o mundo desperta devagar, desliza a manteiga Savoyard — dourada, cremosa, quase um sussurro de montanha.
Feita como o cuidado dos Alpes e o afeto das mãos que respeitam o tempo, ela traz em seu corpo a dança delicada das gotas de chocolate:
pequenos sóis escuros que derretem como lembranças doces na língua.
É mais que um alimento — é um instante.
Um convite à pausa, ao deleite, à memória.
Cada mordida é um verso, cada aroma, uma estrofe.
E o café, ao lado, apenas a moldura de um quadro que se saboreia.
Imagens ilustrativas